Em visita ao Rio Grande do Sul, nesse domingo (5), o Ministro da Educação, Camilo Santana, reforçou o momento de união entre todos os poderes para salvar vidas. “O importante agora é resgatar as pessoas o mais rápido possível. E retomar nossas escolas e as aulas no Rio Grande do Sul”, afirmou ao lado da secretária de educação do estado, Raquel Teixeira. “O MEC está inteiramente mobilizado para apoiar em tudo que pudermos”, afirmou Santana, em comitiva com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, outros ministros e líderes dos poderes Legislativo e Judiciário.
O grupo acompanhou de perto as ações de socorro e assistência do Governo Federal à população gaúcha. O Ministério da Educação trabalha no mapeamento de estragos em escolas e instituições educacionais. Só na rede estadual de educação, segundo o último levantamento do Governo do Rio Grande do Sul, são 664 escolas afetadas (danificadas, servindo de abrigo, com problemas de transporte, com problema de acesso e outros), em 224 municípios. Desse total de escolas, 250 estão danificadas e 36 estão servindo de abrigo.
Unidades dos Institutos Federais mais próximos à tragédia também atuam como ponto de distribuição de mantimentos e auxílio a desabrigados. Após reunião com autoridades do estado, Santana reforçou o compromisso do MEC em ajudar na reconstrução do estado, em especial na educação no Rio Grande do Sul. “Vamos juntos recuperar a educação, devolvendo todas as escolas às crianças e aos jovens do Rio Grande do Sul. As equipes do Ministério da Educação vão atuar de forma prática para encontrar elementos para viabilizar uma recuperação mais rápida, menos burocrática”, anunciou Santana.
Balanço
Segundo informações atualizadas pela Defesa Civil às 12h30 deste domingo, são 336 municípios afetados em todo o estado. Há 16.600 pessoas em abrigos, 88 mil desalojados, 780 mil habitantes afetados de alguma forma. Já houve o registro oficial de 77 mortes e há outras quatro em investigação. A contabilização indica ainda pelo menos 108 desaparecidos e 155 feridos. Há 214 pontos de bloqueio de vias.
Tribuna do Norte