Entra treinador, sai treinador e o ABC não consegue espantar o marasmo que vem prejudicando o desempenho do clube nas competições. Falta inspiração, falta poderio ofensivo e algumas falhas individuais acabam contribuindo para derrotas, que poderiam ser evitáveis. O lado prático dessa situação, é que em 12 pontos disputados na Série C do Brasileiro, o clube conseguiu apenas um. A torcida vaia e protesta na arquibancada assombrada com a possibilidade de uma nova queda de divisão, o que aumenta a pressão no trabalho recém iniciado por Roberto Fonseca.

A preocupação é grande porque o início do Brasileirão está muito parecido com o realizado na temporada passada dentro da Série B, onde a equipe conseguiu vencer apenas na oitava rodada. Como na terceira divisão não existe a fase de volta dentro da primeira fase, o jejum de vitórias já começa a pesar contra os planos da comissão técnica, que tenta corrigir a rota da equipe, com a competição em andamento.

Fonseca está ciente de que terá de apresentar resultados rápido, o próximo adversário do Alvinegro será o Ferroviário, no Ceará, na partida marcada para o próximo domingo, às 19h no estádio Presidente Vargas. Assim como os potiguares, o clube cearense não passa por um bom momento, ocupa a 17ª colocação, e também ainda busca a primeira vitória dentro da competição. O Tricolor está uma posição à frente do ABC, dentro da zona de rebaixamento.

Os maus resultados afetam a estima dos atletas, que sem o nível de confiança necessário, acabam errando mais dentro de campo, o que torna o ABC uma presa fácil para os adversários, tanto dentro quanto fora de casa. Para sinalizar o tamanho da crise que Roberto Fonseca vem tentando administrar, basta lembrar que faz 97 dias que a equipe não vence dentro do Frasqueirão.

“Com tudo conspirando contra, é o momento que temos de juntar as forças, trabalhar mais do que falar e procurar ter personalidade para trabalhar. O torcedor cobra, a imprensa cobra e isso tudo é normal para quem vive o mundo do futebol”, afirmou Fonseca.

Com relação a escolha do batedor do pênalti marcado para o ABC, desperdiçado por Jenison, o comandante abecedista disse que procurou abrir espaço para um atleta que tinha experiência e não vinha convivendo no ambiente de pressão que os demais atletas alvinegros vêm tendo de suportar desde o início da temporada, praticamente. “O clube vem de derrotas e sempre existe uma carga psicológica em torno dos atletas. Essa carga faz com que as coisas conspirem contra mesmo, basta dizer que o Londrina chegou ao segundo gol sem que nenhum jogador adversário tocasse na bola. Então temos de ter consciência do momento de grande dificuldade vivido e trabalhar ainda mais. Quanto ao pênalti, se Wallyson fosse escalado para cobrar e perdesse, iriam dizer que foi por causa da carga de cobranças. Essa sempre será uma questão de escolha e não adianta ficar se lamentando”, ressaltou.

Com relação aos objetivos dos potiguares dentro da competição, o comandante falou que o momento não é de cravar se eles vão brigar pelo acesso ou apenas para se livrar do rebaixamento. Dentro do estilo de trabalho que gosta de desenvolver, Fonseca disse que o ABC necessita dar passos dentro do Brasileirão e o inicial será a busca pela primeira vitória, uma vez que o jejum vem fazendo mal ao grupo.

Tribuna do Norte

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