O dólar começou a semana pressionado pelas perspectivas em torno da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), nesta terça e quarta-feiras, e também de olho na condução da política fiscal do governo Lula. Junta-se a isso um movimento externo em relação à divisa americana e dados de atividade na China aquém das projeções do mercado. Na manhã dessa segunda-feira (17), a moeda sobe 0,5%, cotado em R$ 5,41, após bater R$ 5,43. O Ibovespa, principal índice da B3, caiu 0,41%, para 119.175 pontos.

A cotação refletiu as revisões vindas do Boletim Focus, do Banco Central, divulgados no início da manhã. Em meio ao processo de desancoragem das expectativas de inflação e ao impasse de Lula na condução da política fiscal, o mercado elevou a projeção da Selic para 2024 para 10,50% ao ano, de 10,25% da última semana. Há um mês, o patamar era de 10,00%.

O mercado também opera na defensiva, à espera de algum anúncio de medidas de redução nas despesas públicas prometidas pelo governo, refletindo o ceticismo dos investidores com o compromisso de Brasília com o ajuste nas contas públicas. Investidores locais reiteram que a movimentação do governo Lula em busca de revisão de despesas não dissipa a desconfiança no mercado sobre a execução das metas do arcabouço fiscal.

Tribuna do Norte

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