Odólar acelerou os ganhos ao longo da tarde com o aumento da aversão ao risco no exterior e encerrou a sessão desta quarta-feira (24) em alta de 1,25%, cotado a R$ 5,6562 – maior valor de fechamento em mais de 20 dias. Na máxima, a moeda atingiu R$ 5,6618. Apesar da cautela com o quadro fiscal doméstico ainda permear os negócios e induzir à manutenção de prêmios de risco na taxa de câmbio, o real sofreu hoje com o ambiente adverso para ativos emergentes.
Uma nova rodada de fortalecimento do iene levou a mais um episódio de liquidação de posições em divisas de países com juros altos, em especial as latino-americanas, mais utilizadas para operações de “carry trade”. O real amargou as piores perdas em relação ao dólar, seguido de perto pelo peso mexicano. Além de rumores de nova intervenção do Banco do Japão (BoJ) no mercado cambial, há expectativas de elevação de juros na reunião de política monetária do BoJ na semana que vem (30 e 31).
Em tarde de correção mais forte em Nova York, onde as perdas no fechamento desta quarta-feira chegaram a 3,64% (Nasdaq), o Ibovespa não conseguiu evitar a segunda retração seguida, embora mais suave do que a de ontem, quando havia cedido quase 1%. Assim, nas últimas cinco sessões, a conta negativa chega a quatro, com apenas uma alta, na segunda-feira (22) – e de apenas 0,19%.
Hoje, o índice da B3 limitou a perda do dia a 0,13% no fechamento, aos 126.422,73 pontos, tendo permanecido em margem bem estreita entre a mínima (126.217,81) e a máxima (126.822,50) da sessão, em que saiu de abertura aos 126.595.56 pontos. Moderado, o giro financeiro ficou em R$ 18,3 bilhões. Na semana, o Ibovespa recua 0,94%, restringindo a alta do mês a 2,03% – no ano, cai 5,78%.
Já os juros futuros fecharam em alta, acompanhando o aumento da pressão no câmbio e a maior cautela na curva dos Treasuries. No fechamento, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 estava em 10,675%, de 10,680% no ajuste, e a do DI para janeiro de 2026, em 11,57%, de 11,51% da terça. O DI para janeiro de 2027 projetava taxa de 11,82% (de 11 77% da terça) e a do DI para janeiro de 2029 subia de 12,08% para 12,11%.
Tribuna do Norte