Além de uma grande frustração, a eliminação do América na Série D do Brasileiro gerou um clima de muita expectativa dentro do clube. Todos estão à espera das decisões que serão tomadas pela direção da SAF, e no final de sua entrevista coletiva, o próprio treinador Marquinhos Santos pediu parcimônia aos dirigentes: “Sei que haverá mudanças, mas peço tranquilidade e serenidade.” Por enquanto, nada foi anunciado pela direção alvirrubra.

Num recado direto para os torcedores, o treinador destacou a plena confiança que possui no soerguimento americano, segundo ele, um clube que tem glórias e estará em divisões maiores em breve. “Confiem, acreditem e vamos ser fortes juntos”, exclamou.

“Peço que o torcedor acredite na instituição, independentemente de quem esteja no comando. O torcedor merece muitas glórias e um time que o honre. Que ele não desista, pois o luto vai passar. O América já passou por momentos difíceis e superou. Que o torcedor possa estar junto da instituição, confiar no trabalho que está sendo feito e não se entregar ao desânimo”, salientou.

A eliminação deixou lições, e as falhas não ocorreram apenas dentro das quatro linhas. De acordo com Santos, as derrotas, por mais duras que sejam, deixam ensinamentos importantes. O treinador aponta que é preciso melhorar os processos internos do clube, que necessita ser mais profissional e organizado. Antes de definir o seu futuro, Marquinhos disse que vai sentar, conversar e apontar os erros para que a próxima temporada seja mais sólida e vitoriosa. O profissional reforçou que o América não merece estar na divisão que está.

“A eliminação não se deve à falta de contratações. O que faltou foram questões profissionais, de organização, equipamentos, coisas do dia a dia que fazem a diferença em momentos decisivos. Precisamos melhorar os processos internos do clube e nos organizar melhor”, alertou.
Em hipótese alguma, o comandante alvirrubro joga a batata quente da eliminação nas mãos dos atletas, afinal, nas cobranças de pênaltis, eles tiveram a oportunidade de selar a sorte do adversário e falharam. Ao contrário disso, ele chega a deixar no ar a existência de um clima pesado entre a SAF e o clube de associados, que possui 20% do controle da Sociedade Anônima. Fato que pesa também em certos momentos.

“É algo interno, que vamos ter que analisar para a continuidade do trabalho. O América está pagando o preço por decisões tomadas no passado, na chegada da SAF. Essa eliminação é reflexo disso. Como comandante, consegui tirar o máximo dos atletas, mas em alguns momentos faltou um pouco mais de apoio e união em torno do objetivo do clube. Para alcançar o que o América almeja, é preciso haver uma direção única, sem vaidades, com humildade para aprender e escutar”, afirmou.

Com relação à continuidade do trabalho, Marquinhos Santos revelou que pretende ficar e comandar o novo ciclo do América em busca do acesso na Série D.
“Tenho contrato, poderia ter saído antes, mas abracei o projeto pelo que o América representa e pela forma como a torcida me abraçou. Se depender de mim, pretendo continuar. Não abandono o barco na dificuldade. Diagnostiquei muitas coisas que podemos melhorar para o próximo ano. Se a SAF entender que sou merecedor da continuidade, seguirei em frente. Não é questão de contrato, mas de compromisso com o clube e com a torcida”, frisou.

Tribuna do Norte

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