Rebeca, Ana Patrícia, Duda, Bia Souza, Rayssa, Thaísa, Gabi, Rosamaria, Ana Cristina, Flávia, Jade, Lorrane, Júlia, Larissa, Tatiana, Lorena, Gabi Portilho, Priscila, Bia Ferreira, duas Anas e tantas outras grandes atletas. As mulheres foram as protagonistas do Time Brasil nos Jogos Olímpicos Paris 2024 e proporcionaram um momento histórico para o país. Pela primeira vez em edições olímpicas, elas foram maioria na delegação brasileira e, também, de forma inédita, conquistaram mais pódios do que os homens. Das 20 medalhas, 12 foram delas, o que representa 60% do total. E, isso, se contar a participação no bronze da equipe mista de judô.
“Há dois ciclos olímpicos, após ser identificada uma oportunidade de crescimento do esporte feminino, o COB começou a investir especificamente nas mulheres. Não só atletas, mas também para tentar aumentar o número de treinadoras e gestoras. O que vimos aqui em Paris no esporte, também reflete o que está acontecendo na sociedade: a mulher cada vez mais se fortalecendo”, comentou Mariana Mello, subchefe da Missão Paris 2024 e gerente de Planejamento e Desempenho Esportivo do COB.
O sucesso das mulheres brasileiras na capital francesa abriu caminho para o surgimento de novas estrelas como Bia Souza, ouro na categoria pesado (acima de 78kg) no judô. Até então desconhecida do público que não acompanha o dia a dia do esporte olímpico, a judoca de 26 anos furou a bolha e virou ícone de questões fundamentais.
“A Bia merece muito. É uma pessoa sensacional, além de uma atleta incrível. A gente fica muito feliz pela inspiração que ela começa a causar em pessoas de todo o Brasil. Vemos tantas mulheres pretas, gordas, que se diminuem e se deixam diminuir. A gente tem certeza que esse exemplo da Bia vai mostrar para as pessoas que todos têm o seu valor. Todo mundo tem o seu lugar ao sol. E todo mundo pode crescer e alcançar os seus objetivos”, disse Mariana Mello.
A consolidação de Rebeca Andrade na mais alta prateleira do esporte mundial ajuda muito a explicar o enorme sucesso das mulheres brasileiras. A ginasta conseguiu superar as já incríveis glórias obtidas nos Jogos de Tóquio 2020 e deixou Paris com quatro pódios (um ouro, duas pratas e um bronze), chegando a seis na sua carreira e tornando-se a maior medalhista, dentre homens e mulheres, do esporte olímpico brasileiro em todos os tempos. Além dos feitos individuais, a rainha da ginástica brasileira também ajudou suas colegas a entrarem para a história com o bronze por equipes.
Menos ouro
Brasil teve o melhor desempenho de um país latino-americano e ficou na 20ª posição no quadro de medalhas. O país conquistou um total de 20 medalhas: 3 de ouro, 7 de prata e 10 de bronze. Cuba ficou em 2º lugar entre os latino-americanos, com 2 medalhas de ouro, 1 de prata e 6 de bronze, somando 9 medalhas e 32ª posição geral. O Equador obteve 1 ouro, 2 pratas e 2 bronzes, totalizando 5 medalhas e a 49ª posição.
Na edição de 2024 das Olimpíadas, os Estados Unidos foram o grande vencedor. O país conquistou 40 medalhas de ouro, 44 de prata e 42 de bronze. A China ficou na 2ª colocação, também com 40 medalhas de ouro, mas menos medalhas na soma total. O Japão fechou o top 3, com 20 ouros, 12 pratas e 13 bronzes.
Tribuna do Norte