Detentora de uma das maiores instituições de ensino privado do Rio Grande do Norte, a Ânima Educação possui uma nova executiva como CEO da organização, a argentina Paula Maria Harraca. Essa é a primeira vez que uma pessoa fora do time de sócio-fundadores assume o cargo. Após pouco menos de dois meses desde o anúncio, a administradora realizou a primeira visita a uma instituição do ecossistema fora do eixo Sudeste e escolheu a Universidade Potiguar (UnP).
Aos 44 anos, Paula Harraca acumula no currículo uma longa história inspiradora. Filha de professora universitária e com passagens pelo esporte, a educação foi parte dos principais pilares da sua mudança de vida. Através de uma bolsa em uma faculdade privada, assim como a UnP, foi que Paula construiu os primeiros conhecimentos que posteriormente seriam essenciais para uma trajetória de 20 anos na ArcelorMittal, um dos maiores conglomerados industriais do mundo.
O convite para a mudança de segmento surgiu após o fortalecimento da carreira como escritora, com o best-seller “O Poder Transformador do ESG, como alinhar lucro e propósito”, e palestrante, com mais de 55 remuneradas. Os segmentos podem até parecer diferentes no primeiro pensamento, mas Paula explica que sempre esteve à frente do lado humano da rotina da administração.
“Eu nunca fui engenheira de produção, sou administradora. Minha formação é essa integração da potência humana, realizando sonhos, realizando conquistas, e se superando, indo longe em time”, afirma a executiva. Apesar das duas décadas trabalhando no segmento do aço, Paula aponta que aquele não era seu sonho. Sua vontade mesmo era poder estar envolvida com pessoas com possibilidade de transformação, desejo este realizado através da Ânima.
Ao todo, o ecossistema Ânima Educação detém uma rede de mais de 18 instituições de ensino superiores espalhadas pelo Brasil, com quase 400 mil alunos. Entre a composição de um valor de mercado com mais de R$ 1,4 bilhão, está a Universidade Potiguar (UnP), no Rio Grande do Norte. De acordo com Paula, essa visita será essencial para aproximar laços e conhecer de perto a comunidade que envolve o ensino potiguar, em busca da inovação.
“Inovar para nós não é matar o passado. Pelo contrário. Inovar é perenizar o passado. É honrar esse legado, fazer com que ele se mantenha e permaneça relevante para os novos tempos. É olhar para esse território e entender esse sotaque local”, afirma a CEO.
No desenvolvimento da educação, a Paula Harraca visualiza as tecnologias como aliadas, desde que utilizadas com a correta intencionalidade em prol do progresso. “O ser humano sempre aprimora seu comportamento quando ele domina uma ferramenta. O mais interessante agora é enxergar como nós podemos usar a inteligência artificial”, avalia.
“A universidade cada vez mais precisa ter a diversidade de ideias, pluralidade de opiniões, perguntas que são complexas e requerem da gente muito diálogo. É por ali que passa a construção dessa universidade, que enquanto tudo está mudando no mundo, a gente também precisa responder outra pergunta: o que não muda?”, reflete Paula Harraca sobre o papel da instituição.
Educação empreendedora
Dentro da agenda de Paula Harraca pelo Rio Grande do Norte, a executiva da Ânima Educação se reuniu com representantes do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-RN), a fim de discutir estratégias e formar novas parcerias no ecossistema de educação empreendedora. O encontro aconteceu durante a tarde da segunda-feira (19).
“O Sebrae-RN, conhecido por seu apoio ao empreendedorismo e desenvolvimento de pequenos negócios, vê na Ânima UnP – que integra um dos maiores grupos de educação superior do país – uma parceira estratégica para impulsionar projetos que possam tanto beneficiar os estudantes quanto os empreendedores. Afinal, o estudante hoje poderá ser o empreendedor de amanhã”, comentou o superintendente do Sebrae-RN, José Ferreira de Melo Neto..
Na atual fase de alinhamento, a exploração do segmento poderá envolver a realização de eventos conjuntos, como workshops, seminários e feiras, com a perspectiva de integrar o mundo acadêmico ao mercado de trabalho, além de fomentar a cultura empreendedora entre os estudantes.
Tribuna do Norte