Os 111 brasileiros deportados dos Estados Unidos que chegaram a Fortaleza (CE) na tarde desta sexta-feira, 7, reclamaram de maus-tratos no trajeto de volta para o Brasil. De acordo com a secretária Socorro França, dos Direitos Humanos do Ceará, os extraditados viajaram algemados e quase sem alimentos.

“Estavam com fome, não comeram. Só comeram depois que desembarcaram. Total [reclamaram de maus tratos] Recebemos com muita emoção. Estavam acorrentados, com algemas. Mas vieram muito machucados emocionalmente. O relato de todos eles é de que sofreram muitos. Preso, quase sem alimentos”, disse em conversa com os jornalistas.

Dos 111 brasileiros no voo, França confirmou que grande parte era formada por crianças e adolescentes. Ela, porém, não soube dizer se eles também estavam algemados.

“A gente primeiro teve que conversar com essas pessoas para saber o estado delas”, explicou.

Para descer do avião, a secretária destacou que as algemas foram retiradas dos brasileiros deportados. Após o desembarque, eles receberam atendimento médico, alimentos e água.

Antes de pousar em Fortaleza, o voo saiu da cidade de Alexandria, no Estado da Luisiana, e fez uma parada técnica em Porto Rico, onde ocorreu um pequeno atraso de cerca de 15 minutos.

Agora, parte dos extraditados estão seguindo viagem para Belo Horizonte (MG), em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB). A previsão de chegada na capital mineira é por volta das 21h20 (horário de Brasília).

Esse foi o segundo voo de repatriados brasileiros dos Estados Unidos desde a posse de Donald Trump, em janeiro, e o terceiro do ano. Anteriormente, outra aeronave pousou no Brasil no dia 10, antes da eleição do presidente norte-americano, com 114 brasileiros.

Terra

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