A deposição do ex-senador Jean Paul Prates da presidência da Petrobras repercutiu entre deputados da bancada governista na Assembleia Legislativa. O deputado Ubaldo Fernandes (PSDB) criticou a decisão tomada pelo presidente Lula da Silva (PT), que “não foi boa para o Rio Grande do Norte”. O deputado Ubaldo Fernandes disse que “era um cargo de representação até maior que o de ministro pela grandiosidade e era a participação do Estado no Governo Lula”.

“Com a saída o RN fica sem representação no governo federal”, afirmou Fernandes, para quem Jean P. Prates “fortaleceu a Petrobras no Estado, principalmente ao criar a diretoria de energias renováveis”.

“Nós entendemos que foi perda irreparável, lamento saída de Jean da Petrobras. O RN perdeu. Um estado que está em fase de desenvolvimento da energia eólica no mar e ele era o condutor do processo”, concluiu Fernandes. O deputado Hermano Morais (PV) também declarou que a recente demissão de Jean P. Prates do cargo de presidente da estatal do petróleo “foi uma decisão lamentável, em razão do bom trabalho que ele vinha desempenhando”.

Hermano Morais disse que durante o curto período em que ficou à frente da Petrobras, Jean Paul “fez um direcionamento pautado em ampliar as atividades da Petrobras num momento em que se busca, no mundo inteiro, transição energética com sustentabilidade, criando inclusive uma diretoria nesse sentido”.

De acordo com Hermano Morais, a demissão do agora ex-presidente causou um prejuízo de R$ 34,7 bilhões com a queda de ações da Petrobras, que “derreteram literalmente”.

“Sabemos que desde a sua posse, Jean Paul sofria boicote do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Infelizmente caiu e a medida causou também queda nas ações da empresa no mercado financeiro”, continuou Morais.

“Toda decisão tem consequência e essa não foi boa para a Petrobras”, disse Morais, no momento em que a empresa iniciava investimentos na exploração de petróleo em águas profundas na margem equatorial, inclusive trazendo prejuízo no Rio Grande do Norte em relação ao potencial energético como gerador de energias renováveis, eólicas, solar e futuramente de hidrogênio verde: “Que o Estado não seja penalizado nos projetos em curso”.

“Ficamos sem nenhum representante na linha de frente do governo Lula, não temos nenhum ministro, e o único que conseguimos inserir, perdemos agora”, disse o deputado Neilton Diógenes (PP).

Tribuna do Norte

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