O técnico Tiago Nunes demonstrou preocupação com a reação emocional de sua equipe na derrota por 4 a 2 para o Vasco, neste domingo, no estádio Nilton Santos. O Botafogo começou a partida vencendo, mas teve uma queda de rendimento na segunda etapa e foi envolvida pelo time adversário.

Ao fim do jogo, o treinador revelou que alguns jogadores teriam pedido para ficar fora da equipe por conta do desgaste emocional tão forte. Depois, em outra pergunta, disse que não houve pedido direto, mas que percebeu sinais dados pelos atletas por “códigos do meio do futebol”Veja as duas respostas de Tiago Nunes sobre o tema na íntegra:

– O professor Luís Castro, que teve muito sucesso aqui, levou quase um ano para levar o Botafogo a um nível competitivo que durou entre 5 e 6 meses. Durante esse ano o Botafogo oscilou até encaixar a equipe no início do Brasileiro. Depois a dificuldade emocional, sim. A gente não conseguiu repetir. A gente tem uma memória emocional do ano passado. Quando sofre revés como esse, volta tudo à tona. Por mais que a gente tenha mudanças no elenco, o time titular é remanescente do ano passado. Vamos evoluir através da sequência de resultados positivos e também da chegada de jogadores para encorpar o grupo e não só o titular. Porque muitos jogadores estão pedindo para ter uma sequência fora da equipe, para parar de carregar essa carga emocional tão forte. Você tem que ter mais jogadores de um nível compatível para manter o Botafogo competindo em alto nível.
– Nós que somos pessoas do futebol e estamos há muito tempo, o futebol tem códigos e temos de respeitar. Depois de 20 anos convivendo com atletas, a gente sabe quando o atleta está no limite técnico, físico, mental, que precisa ter um descanso, sair um pouco da zona de alvo. Para se libertar de alguns rótulos que recebem durante o ano. Se pensarmos de forma racional, o grupo do Botafogo que construiu aquela fase maravilhosa ano passado era pequeno. Eram 13, 14,15 jogadores que rodavam o tempo todo. Não mudou muito isso. A gente mudou alguns, mas a grande parcela continua jogando e atravessando momento de que precisam de apoio. E o apoio é nesse sentido, conseguir ter outros atletas que possam assumir o protagonismo, para que os outros possam se regenerar. O Botafogo está investindo num grupo. O crescimento do Botafogo está crescendo. Vai ser agora, amanhã? Não dá para mensurar isso. Existem código e códigos têm a ver com leitura, experiência.
Tiago Nunes falou muito tempo na coletiva sobre o lado emocional, citando a todo momento a temporada de 2023 do Botafogo. No ano passado, o time liderou o Campeonato Brasileiro por muitas rodadas, chegou a abrir 13 pontos na liderança, e não conquistou o título.
– Sentimos no vestiário que os jogadores sentiram aquele momento. Tinha uma expectativa alta. E você sofre com 50 segundos um revés e desarticulou muito a equipe. O segundo e terceiro gols a gente entregou. Sofremos gols evitáveis. O quarto foi consequência. O que mais me preocupa é a questão da reação, a equipe sentiu o golpe num jogo controlado – disse o técnico.

O desempenho preocupa o técnico uma vez que o Botafogo terá pela frente um dos jogos mais importantes da temporada nesta quarta-feira, pela Pré-Libertadores, contra o Aurora, às 21h30, na Bolívia.

– A gente tem que buscar soluções, digerir. A gente sente na carne, na alma. Mas a resposta tem que ser alta porque temos o jogo contra o Aurora, na altitude e temos que representar a equipe melhor.

– A gente tem que buscar soluções, digerir. A gente sente na carne, na alma. Mas a resposta tem que ser alta porque temos o jogo contra o Aurora, na altitude e temos que representar a equipe melhor.
Fonte: Globo Esporte.
[wp_bannerize_pro orderby="random" categories="716" numbers="1"]