O Brasil enfrenta uma grave crise ambiental que reúne seca extrema, crise hídrica e redução da umidade, fenômenos potencializados pelas queimadas que pioram a qualidade do ar. Nas áreas em que a população tem dificuldade de acesso à água com qualidade, por exemplo, há o risco de desidratação. Além disso, a fumaça das queimadas também contribui para promoção de doenças respiratórias.

Frente a todos esses riscos, a ministra da Saúde, Nísia Trindade reuniu nesta quarta-feira (11/9), secretários do Ministério da Saúde, representantes do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) para reforçar orientações para enfrentamento desse contexto climático.

“Temos feito reuniões diárias. Mas nesta reunião consideramos importante atualizar recomendações que o Ministério da Saúde vem realizando desde o início do acompanhamento desse processo das secas e, sobretudo, das queimadas”, afirmou a ministra Nísia Trindade. O Ministério da Saúde fez uma atualização do trabalho de monitoramento por meio da Sala de Situação Nacional de Emergências Climáticas , estabelecida ainda em julho deste ano para planejar respostas às emergências como secas prolongadas e escassez de água.

“A partir de hoje, diante da intensificação de focos de incêndio e previsões meteorológicas que apontam piora no quadro de seca, essas reuniões diárias resultarão sempre em informes e comunicados. Além das orientações para a população, os informes já publicados pelo Ministério trazem recomendações de ações a serem implementadas pelos profissionais de vigilância em saúde ambiental”, anunciou a ministra.

O Ministério da Saúde também disponibilizou a Força Nacional do SUS para visitar as regiões mais afetadas para uma avaliação de situação.

Recomendações
A ministra Nísia Trindade alertou que a questão das secas hoje, que se soma ao problema das queimadas, atinge 60% do território brasileiro. “Temos de trabalhar para mitigar todos os efeitos que na saúde são bastantes sensíveis, alguns de curto prazo e outros que têm que ser acompanhados, que atingem sobretudo as pessoas mais vulneráveis, como crianças e idosos, de maneira mais impactante”.

Nas últimas duas semanas de agosto, foi constatado um aumento significativo do número de atendimentos por náuseas e vômitos em comparação com a média histórica desde 2022. Os estados mais afetados foram Goiás (46%), Mato Grosso (58%), Distrito Federal (99%) e Tocantins (191%). As informações são da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) .

Confira outras recomendações:
Para a população:

Para os gestores:

Tribuna do Norte

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