Uma das última entrevistas de Lauro Bezerra ocorreu em 19 de junho de 2015, no programa “Conversa no Memorial”, na TV Assembleia, ao lado do primo e ex-deputado Kleber Bezerra. No estilo bem-humorado que lhe era peculiar, Lauro Bezerra , contou que como vice-presidente da Assembleia, “presidiu 95% das sessões, porque o deputado Raimundo Fernandes (falecido no ano passado) não gostava de presidir sessão”.
Doutor Lauro, como era chamado, foi autor de mais de 70 leis, “algumas nem importantes, como de utilidade pública para atender pedidos políticos”.
Mas se orgulhava de ter aprovados leis consideradas avançadas para a época, como a proibição do fumo em repartições públicas. “Isso foi um problema sério, os deputados fumavam em plenário, eu mandava eles saírem”, contou Lauro, que também foi autor da lei seca nas rodovias estaduais.
Lauro Bezerra morreu no Hospital São Lucas e o seu corpo foi sepultado na noite de sexta-feira (16), no cemitério Morada da Paz, em Emaus.
Em seu livro “Sic Transit”, lançado em 2014, Lauro Bezerra rememorou sua trajetória, desde a infância em Santa Cruz até o ingresso na política potiguar. Filho do meio do comerciante José Bianor Bezerra e dona Hermila, Lauro Bezerra afirmava que não tinha a mesma vocação empresarial do pai. O ex-deputado deixa viúva, Dona Luzi, com quem teve três filhos: Bianor Neto, Solange e Suzana.
Nascido em 24 de julho de 1933, também ocupou cargos no governo estadual, como secretário de administração e secretário de Trabalho e Ação Social, na gestão do ex-governador Garibaldi Filho. Lauro era autor de vários livros, incluindo a biografia de Aluizio Bezerra. O primeiro livro escrito em 1982, foi sobre o tio “Majó Theodorico”, com 370 páginas, no lançamento vendeu 262 livros.
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Tribuna do Norte