A oposição em São Miguel do Gostoso denuncia o registo de compra futura de R$ 824 mil em urnas funerárias pela prefeitura para o porte de um município de 10.221 habitantes, segundo o Censo Demográfico do IBGE em 2022. “É tudo nebuloso”, alerta a advogada Márcia Manzzoni, que é candidata do PP à Câmara Municipal nas eleições deste ano.
Para ela, o mais estranho é que o registro de compra foi publicado, segundo a própria transparência do município, somente agora em agosto, mas retroativo a janeiro de 2024, no valor de R$ 412 mil e com aditivo de mesmo valor.
Segundo a candidata à vereadora, consta no portal da transparência da prefeitura, que “não é tão trans´parente”, que teria ocorrido velórios à razão de R$ 1 mil, mesmo assim, pelo valor registrado seriam 824 aquisições, o que é um número considerável, levando-se em conta que mesmo famílias de baixo poder aquisitivo, também fazem “vaquinhas” para compra de urnas funerárias.
Márcia Mazzoni afirma que muitos registros de compra da prefeitura estão sendo feitos retroativos ao começo do ano, caso também da futura aquisição de R$ 600 mil em estacas para cercar imóveis do município.
Em consulta ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), segundo Mazzoni, foi possível saber que em São Miguel do Gostoso existem 30 imóveis registrados em nome da prefeitura, mas só dois são terrenos de 200 e 1.000 metros quadrados.
Os partidos Progressistas (PP) e Liberal (PL) em São Miguel do Gostoso conta com o apoio do ex-prefeito Miguel Teixeira, por duas vezes, para derrotar o candidato da situação, Leonardo Teixeira da Cunha (PSD), o “Léo de Doquinha”, apoiado por José Renato de Souza, que está no segundo mandato de prefeito.
O candidato a prefeito da oposição é o empresário do ramo imobiliário Caio Fernandes (PL), que há dez anos divide sua residência entre Natal e São Miguel do Gostoso, diz que resolveu entrar na política para tentar tirar o município, que “tem tudo para ser a melhor praia do mundo”, da inércia administrativa. “Estamos em agosto, mas nem farda os alunos tem”, exemplificou Fernandes, que promete construir um centro de convenções para turismo de negócio, a fim de gerar empregos no município que perdeu empreendimentos como o Vila Galé por incompetência dos atuais gestores.
Tribuna do Norte