A pauta social e de costumes, que regularmente são temas de discussão e aprovação ou não de projetos de leis nas duas Casas do Congresso Nacional, também fez parte da sondagem de campo da Consult Pesquisa/TRIBUNA DO NORTE. Dentre os 1.700 entrevistados, por exemplo, a maioria – 74,47% – não concorda que uma propriedade privada, por não estar sendo utilizada no momento, possa ser invadida e ocupada por movimentos sociais.
Os que concordam com a invasão de terras e outros imóveis, rurais ou urbanos, são apenas 15,12%. Outros 10,41% não souberam responder. A maioria quase esmagadora (86,82%) dos entrevistados discorda que ocorra a liberação de maconha em até 60 gramas, para consumo próprio dos usuários. Somente 9,76% responderam que concordam e 3,41% não souberam dizer.
Com relação à legalização do aborto é a mesma coisa, pois 81,59% disseram não concordar que seja liberado o aborto, se for desejo da mulher, em até 12 semanas de gravidez. Os que concordam são 11,47% e não sabem dizer 6,94%. A pesquisa ainda consultou a população sobre a redução da maioridade penal de 18 anos para 16 anos de idade, para quem cometer crimes de estupro ou latrocínio. Responderam que concordam 75,94% e discordam, 16,29%. Não sabem dizer, 7,76%.
Outro tema colocado aos entrevistados dizia respeito à questão ideologia de gênero, se concordavam ou não com o ensino nas escolas, para crianças, adolescentes e adultos, que “ninguém nasce homem ou mulher, mas pode escolher o que quer ser durante sua vida?”. Não concordam, 69,94% e 16,71% concorda. Outros 13,35% não souberam responder.
Os entrevistados responderam, ainda, se concordam ou não concordam com as leis de cotas, que determinam percentuais de vagas em concursos públicos, Enem, etc para grupos específicos, como pretos, pardos, indígenas, pessoas de baixa renda e pessoas com deficiência. Os que concordam são 56,06%, enquanto discordam 24,35% e não souberam responder 19,59%.
Também se fez a pergunta, entre os que estão de acordo com a lei de cotas, qual das situações deve mais se beneficiar com as leis para vagas em concursos, Enem, contratação de serviços públicos, etc.
Para a alternativa cota racial, pela cor da pele, a resposta foi de 8,08% dos entrevistados. Já no caso de cota social, pela condição financeira, são de acordo 23,71%. As duas alternativas, 67,05%. Não souberam dizer responder, somente 1,15%.
A maioria dos entrevistados (53,71%) não concorda que todos os cidadãos que cumprem requisitos mínimos exigidos por lei, tenha direito de possuir e portar arma de fogo para legítima defesa ou proteção do seu patrimônio, enquanto 38,35% concordam. Não sabem dizer, 7,94%.
Moraes não tem aprovação no Estado
Mais recente pesquisa Consult/TRIBUNA DO NORTE indica que a maioria dos 1.700 eleitores do Rio Grande do Norte consultados sobre o contexto político, econômico e social contemporâneo do país, não concorda com as ações tomadas pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Alexandre de Moraes. que são desaprovadas por 39,18% dos eleitores.
Segundo a pesquisa feita entre os dias 22 e 25 de abril deste ano, os eleitores que aprovam as decisões do ministro Alexandre de Morais são 21,41%, enquanto 39,41% não souberam responder. Os índices de aprovação dos potiguares sobre as decisões tomadas por Alexandre de Moraes mostram uma tendência de queda, segundo as duas pesquisas Consult/TRIBUNA DO NORTE realizadas em fevereiro e abril deste ano.
Na pesquisa de fevereiro, as decisões de Moraes eram aprovadas por 22,35% dos entrevistados, índice que caiu para 21,41% agora. No sentido inverso, a desaprovação que era de 36,94% subiu para 39,18%. Os índices de indecisos saiu de 40l71% para 39,41%.
Os maiores índices de desaprovação das ações de Moraes estão na Grande Natal, 58,58%, em seguida Mossoró, 49,2%; Agreste/Litoral Sul, 46,1% e Trairi, 40,0%. Em Natal, a desaprovação é de 39,9%.
Já os melhores índices de aprovação aparecem nas regiões do Potengi, 31,3%; Mossoró, 31,1% e Assu/Mossoró, 26,7%. Em Natal, 22,4%.
Já percepção dos eleitores a respeito das decisões do plenário do STF é, praticamente, a mesma em relação às ações tomadas pelo presidente da Corte Superior, ministro Alexandre de Moraes, que também chegou a presidir o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo a pesquisa Consult/TRIBUNA DO NORTE, os eleitores que desaprovam as decisões do colegiado são 34,41% contra 21,0% que aprovam. Os eleitores que não souberam dizer são 44,59%.
Índice
O resultado da sondagem também aponta ligeira queda na aprovação dos eleitores sobre as decisões da Suprema Corte, que foi de 21,18% em fevereiro. O índice de desaprovação também diminuiu, era de 36,65% na pesquisa anterior. Houve uma subida do índice de indecisos, que antes era 41,18%.
Segundo a pesquisa feita na última semana de abril, os melhores índices de aprovação sobre as decisões do plenário do STF, estão em Mossoró, 28,7%; Potengi, 27,1%; Mato Grande, 26,1% e Natal, 22,7%.
Resultado da pesquisa sobre temas de costumes
Lei de cotas
Concordam 56,06%
Não concorda 24,35%
Não sabem dizer 19,59%
Posse de maconha
Concordam 9,76%
Não concordam 86,82%
Não sabem dizer 3,41%
Invasão de propriedade privada
Concordam 15,12%
Não concordam 74,47%
Não sabem dizer 10,41%
Liberação do aborto
Concordam 11,47%
Não concordam 81,59%
Não sabem dizer 6,94%
Redução da maioridade penal
Concordam 75,94%
Não concordam 16,29%
Não sabem dizer 7,76%
Ensino da ideologia de gênero
Concordam 16,71%
Não concordam 69,94%
Não sabem dizer 13,35%
Posse de arma de fogo
Concordam 38,35%
Não concordam 53,71%
Não sabem dizer 7,94%
Tribuna do Norte