O senador Rogério Marinho (PL) e o prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos), confirmaram nesta segunda-feira (07) que estão afastados politicamente. Os dois estiveram juntos na campanha eleitoral vitoriosa de Rogério em 2022. O prefeito, inclusive, fez questão de reafirmar que ainda não se trata de um rompimento. Em entrevista concedida à 96 FM, o senador relembrou os muitos recursos que conseguiu destinar para Natal durante sua passagem no Ministério do Desenvolvimento Regional, citando obras como a engorda de Ponta Negra, Felizardo Moura e na Redinha, entre outras. “Talvez tenha ajudado mais Natal do que qualquer outro agente público nos últimos 30 anos”, disse.
Para Rogério, o afastamento seria um “pretexto” encontrado pelo prefeito para se aproximar da atual gestão federal. “Mas vou continuar ajudando Natal, lutando pela liberação de recursos contratados nas gestões anteriores para nosso estado”, concluiu.
O senador também desmentiu as declarações de Álvaro de que seria o responsável por cancelar convênios federais para a capital potiguar. Já o prefeito, reafirmou o fato à Tribuna do Norte, mas também admitiu a possibilidade de uma reaproximação com o senador no futuro.
“Não digo que sim nem que não, pode no futuro, ver o andar da carruagem como vai caminhar, dizem que o futuro a Deus pertence, vamos aguardar, tudo isso é possível”, disse Dias.
Para o prefeito, “realmente houve um afastamento, por causa disso, não fiquei satisfeito de ter havido esse cancelamento (de R$ 40 milhões em recursos). Houve um afastamento natural entre mim e ele”. Segundo Álvaro, “daí dizer que houve rompimento político, é muito de análise de quem escutou a minha declaração”.
Eleições 2024
O senador Rogério Marinho também revelou os planos do PL para a disputa eleitoral de 2024 no Rio Grande do Norte. O partido vai trabalhar para apresentar pré-candidaturas nas principais cidades do Estado. Em Natal, o parlamentar citou que se o deputado federal general Girão (PL) topar a disputa poderá ter o apoio da legenda, mas também citou que será necessário dialogar com outros nomes que estão postos e fazem parte do mesmo espectro ideológico.
Já a nível nacional, o senador criticou o que considera uma repetição de erros cometidos pela gestão do PT no comando da Petrobras. “Estamos vivendo uma situação agora que vai afetar todos os brasileiros. Em 2014/2015 o Brasil foi fortemente afetado por uma política de subsídio do combustível e quando a conta chegou, colapsamos do ponto de vista econômico”, relembra.
“Entramos naquela época em um processo em que perdemos o grau de investimento e o juros explodiram no país. Além do desemprego. Estamos vendo a mesma prática hoje, a nível de Petrobrás. Lula reonerou os impostos e criou uma nova política de preços que ninguém entendeu ainda como pode ser atingida, nenhum especialista de energia entendeu ainda qual foi o modelo proposto pela Petrobrás”, alerta o parlamentar.