Um suspiro de quase alívio. É assim que podemos definir a situação do ABC após o empate por 2 a 2 contra o Sampaio Corrêa, no estádio Castelão-MA. A equipe potiguar manteve os três pontos de diferença para os maranhenses, que abrem a zona de rebaixamento, a duas rodadas do término da Série C para os clubes postados fora do G-8. Apesar de mínima, essa dianteira é considerada difícil de ser retirada pelos adversários, que se encontram no desespero para tentar evitar o rebaixamento.
O pequeno número de vitórias, quatro em toda competição, é o que ainda atrapalha a vida do Alvinegro e aponta para um risco de rebaixamento de 9,4%. Após 17 rodadas, o Ferroviário-CE, com 14 pontos, está muito perto de fazer companhia ao São José, que teve a queda para a Série D de 2025 já confirmada.
Destino idêntico pode ocorrer com o Sampaio Corrêa, que volta a campo na rodada completa do próximo sábado (17) para encarar o Ypiranga, no Rio Grande do Sul. O único resultado que interessa aos nordestinos é a vitória. Qualquer outro resultado elimina a chance de salvamento do Sampaio.
O Aparecidense, que se encontra na mesma situação do representante maranhense, também fará um jogo de vida ou morte contra o CSA. A diferença é que os goianos vão realizar o duelo em casa, podendo puxar os alagoanos para o “olho do furacão”. Em caso de conquista dos três pontos, o Aparecidense vai definir sua sorte no Brasileirão com o ABC, na última rodada. O risco de rebaixamento dos goianos hoje chega a 71,5%.
Quanto aos riscos que o ABC ainda corre, na matemática da comissão técnica do clube, eles são praticamente irrisórios, por considerar os números favoráveis, no atual recorte do campeonato. “Acredito que os times que conseguirem cerca de 21 pontos devem permanecer na divisão. Não podemos ignorar isso, especialmente agora. Tivemos o primeiro de uma sequência de dois jogos fora e iremos fechar nossa participação em casa. Com a conquista do empate no Maranhão, conseguimos respirar um pouco. Agora, temos mais um jogo fora e depois um em casa. Esperamos terminar a participação do clube de forma honrosa e digna”, ressaltou o treinador Roberto Fonseca.
O treinador ressaltou que para um clube da tradição e o tamanho do ABC é difícil se contentar apenas com a permanência na Série C. Até pelo fato de a equipe estar habituada a lutar por objetivos bem maiores dentro desse tipo de competição. Porém, os problemas que ocorreram ao longo dessa caminhada acabaram atrapalhando os planos. “É claro que sempre queremos mais. No Castelão, fizemos o nosso melhor e nos esforçamos. Sabemos que os torcedores esperam uma performance melhor e maior nesta divisão. Mas, estamos em um momento de transição e reconstrução no campeonato. Esperamos terminar esta competição de maneira honrosa e digna, pelo menos de acordo com as condições atuais do ABC”, ressaltou Roberto Fonseca.
Tribuna do Norte